Médicos desaconselham mulheres a engravidarem após surto de microcefalia

O aumento no número de casos de microcefalia na região Nordeste pode estar relacionado com a contaminação por Zika Vírus. Essa é a principal hipótese investigada pelo Ministério da Saúde para explicar o motivo do aparecimento de tantos registros. Após o surto, médicos estão recomendando que as mulheres evitem a gravidez por agora.

Em pouco mais de três meses, já foram registrados 399 casos de recém-nascidos com a má-formação do cérebro no Brasil. A deformidade pode levar a problemas graves no desenvolvimento da criança. Por causa disso, ginecologistas acreditam que é um risco engravidar enquanto ainda não saírem estudos mais conclusivos sobre o caso. Somente na Bahia já foram registrados oito casos nas últimas semanas.

Casos de Zika vírus foram notificados em 14 estados brasileiros. Já os casos de microcefalia, em sete. Na Paraíba, o vírus foi encontrado no líquido amniótico de duas mulheres grávidas e os bebês dessas mulheres já foram diagnosticados com microcefalia. Pernambuco, por enquanto, é o estado que mais concentra o número de casos: 268.

O Zika Vírus também vem do Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da dengue, porém é uma doença que tem menos impacto na pessoa. Essa relação inédita preocupa o Ministério da Saúde que recomenda que as pessoas sigam os mesmos cuidados para evitar a aparição do mosquito, como não deixar a água parada nos locais onde vivem, e também pede que as grávidas possam ter cuidado redobrado e que fiquem longe de qualquer possível lugar onde haja infecção ou de pessoas com qualquer tipo de doença infecciosa.

A microcefalia é preocupante porque em 90% dos casos vem associada a um atraso no desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor, apesar que em alguns casos a inteligência não seja afetada, o risco existe e é fundamental que isso seja evitado, pois essas crianças possuem um grande risco de desenvolver déficit cognitivo, visual ou auditivo e epilepsia.

Fonte: Varela Notícias

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