No Dia Mundial da Pré-eclâmpsia, celebrado em 22 de maio, a SBUS e a SOBRAMEF fazem um
alerta da importância de conscientização de médicos e sociedade em geral na adoção de medidas de rastreio e prevenção.
A pré-eclâmpsia é associada com aproximadamente 46.000 mortes maternas e aproximadamente 500.000 mortes fetal e neonatal. A pré-eclâmpsia é causa importante de prematuridade, de insuficiência placentária, de fetos pequenos para a idade gestacional, além de provocar morte materna e sequelas.
O exame de ultrassonografia com o Doppler das artérias uterinas no 3° mês de gestação é uma importante ferramenta de rastreio dessa doença na sua forma mais temível, a pré-eclâmpsia precoce. A análise Doppler, em conjunto com dados clínicos maternos, pressão arterial média e, em países com melhores condições econômicas, a análise bioquímica do fator de crescimento placentário, contribui de forma relevante na seleção das gestantes de risco para a pré-eclâmpsia precoce, que se beneficiarão de medidas preventivas.
Como medidas preventivas estão o uso da aspirina de baixa dosagem, dieta rica em cálcio, exercício físico, oportuna indução do parto, entre outras, que podem reduzir as taxas de pré-eclâmpsia precoce e melhorar os resultados maternos e perinatais. O cálculo de risco pode ser feito através de uma calculadora adotada pela Fetal Medicine Foundation (FMF), acessível no site https://fetalmedicine.org/.
Recomendamos sempre realizar o rastreio adaptado a realidade de cada serviço e estimular cada vez mais o exame ultrassonográfico do 3° mês incluindo o Doppler das artérias uterinas. Para tal, o obstetra deve fazer constar na sua solicitação do exame ultrassonográfico entre 11+0 e 13+6 semanas, o Doppler colorido das artérias uterinas. O rastreio da pré-eclâmpsia salva vidas.
Consulte seu obstetra.
Fontes de consulta
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Preeclampsia
Laura A. Magee, M.D., Kypros H. Nicolaides, M.D., and Peter von Dadelszen, D.PhilPRÉ