Caros colegas,
O exame no 1º trimestre é um aliado indispensável no manejo pré-natal. No seu amplo leque de informações relevantes, destaca-se a oportunidade ímpar da datação precisa com a medida do CCN, imprescindível para um adequado manejo pré-natal, quer seja no alto ou no baixo risco, a possibilidade de rastrear e diagnosticar 85% das malformações, rastrear a pré-eclâmpsia, definir corionicidade e rastrear cromossomopatia.
Devemos salientar, entretanto, a importância das avaliações que realmente impactam nos resultados perinatais. Como sabemos, as três principais causas de mortalidade perinatal são a prematuridade, a insuficiência placentária (pré-eclâmpsia e CIUR) e as malformações.
Deste modo, ao realizar esse exame, devemos ter um “olhar” mais amplo para a medicina perinatal, dentro da nossa realidade BRASIL, dedicando interesse no CCN, na morfologia e no Doppler das uterinas. Quanto aos rastreios de cromossomopatia, deve-se realizar uma avaliação facultativa que implica na habilitação pela Fetal Medicine Foundation – FMF.
Assim, seguindo orientação sugerida na publicação da pirâmide de prioridades pelo Prof. Pedro Pires, membro da nossa diretoria, nossa SBUS se coloca em posição favorável, para sensibilizar os gestores da saúde e os colegas em geral, a universalizar cada vez mais essa prática voltada para a pirâmide de prioridades e os reais benefícios na saúde materna e perinatal.
Atenciosamente,
Rui Gilberto Ferreira
Presidente da SBUS